Saber como comunicar respeitosamente e inequivocamente na praça pública é vital, disse o Elder Oaks, porque “viver em comunidade e ter respeito mútuo pelas diferenças de cada um é um desafio nos dias de hoje”. O Elder Oaks enfatizou que na religião e na vida pública a verdade e a tolerância andam de mãos dada. “Devemos debater-nos pela verdade, mesmo quando praticamos tolerância e respeito pelas crenças e ideias diferentes das nossas e pelas pessoas que as defendem.”
Para promover uma melhor compreensão acerca de como a participação na praça pública deve ser “informada e equilibrada entre a verdade e a tolerância”, o Elder Oaks apresentou, como guia, os seguintes princípios:
“Quando os crentes em Jesus Cristo levam as suas visões da verdade para a praça pública devem buscar a inspiração do Senhor para serem rigorosos e sábios na escolha de quais os verdadeiros princípios que procuram promover por via legislativa ou acção executiva. Geralmente, eles devem abster-se de buscar as leis e as acções governativas que facilitem crenças que são distintas entre os crentes, tal como a obrigatoriedade de actos de adoração, mesmo que implícitos. Os crentes podem ser menos prudentes ao exigirem actos governativos que venham a servir princípios mais latos do que meramente facilitarem a prática das suas crenças, tais como leis respeitantes à saúde pública, segurança e valores morais.”
“Quando os crentes buscam a promoção das suas posições na praça pública, os seus métodos e a sua defesa devem sempre ser tolerantes às opiniões e posições daqueles que não partilham das suas crenças. Não devem contribuir para o extremismo que divide a nossa sociedade. Como crentes devemos sempre falar com amor e demonstrar paciência, compreensão e compaixão para com os nossos oponentes. Os crentes cristãos estão sob o mandamento de amar o seu próximo, de perdoar e de fazer o bem a todos os que os maldizem. Como crentes devemos também enquadrar os nossos argumentos e posições de forma a poder contribuir para um debate razoável e de compromisso, que é essencial para o governo democrático numa sociedade plural. Deste modo contribuiremos para a civilidade que é essencial para a preservação da nossa civilização.”
“Os crentes não se devem deixar intimidar pela acusação habitual de que estão a tentar legislar sobre a moralidade. Muitas áreas da lei são baseadas na moralidade Judaico/Cristã e assim o têm sido durante séculos. A nossa civilização é baseada na moralidade e não pode existir sem ela.”
“Os crentes não se devem encolher ao buscarem leis que mantenham as condições públicas ou políticas que lhes permitam praticar os preceitos da sua fé onde essas condições ou directrizes são também favoráveis para a saúde pública, segurança ou moralidade… Mas onde os crentes estão em maioria devem sempre ser sensíveis aos pontos de vista da minoria.”
Concluindo, o Elder Oaks exortou os Santos dos Últimos Dias a serem mais “sábios e hábeis na explicação e na prossecução dos nossos pontos de vista e no exercício da nossa influência, quando a tivermos”.