Comunicados da Imprensa

Projeto Freedmen's Bureau Liga Afro-Americanos aos Seus Antepassados

Esforço de Indexação Nacional levada a cabo por voluntários, disponibilizou 4 milhões de registos de escravos libertados.

Um esforço nacional lançado sexta-feira permitirá ligar afro-americanos aos seus antepassados da época da Guerra Civil por meio da disponibilização de 1,5 milhões de imagens digitalizadas que contêm 4 milhões de nomes da agência federal do Estados Unidos Freedman´s Bureau. O FamilySearch, uma organização sem fins lucrativos patrocinada por A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, anunciou o projeto Freedmen´s Bureau numa conferência de imprensa realizada no Museu Afro-Americano da Califórnia, em Los Angeles, na “Juneteenth” (10 de junho), a celebração do Dia da Emancipação ocorrido há 150 anos. 

Elder D. Todd Christofferson do Quórum dos Doze Apóstolos da Igreja, falou, na conferência de imprensa, sobre a importância do projeto e explicou que os registros haviam sido cuidadosamente preservados e protegidos durante décadas pela Administração dos Arquivos e Registos Nacionais. “Prestamos homenagem ao seu compromisso com o passado”, disse ele.

 


 

O Elder Christofferson era o diretor executivo do Departamento da Família e de História da Igreja há 14 anos, quando a Igreja anunciou a conclusão da indexação pesquisável dos Registos Bancários dos Freedmen. 

“Uma das nossas crenças fundamentais é a de que as nossas famílias podem ser ligadas para sempre e que conhecer os sacrifícios, as alegrias e os caminhos trilhados pelos nossos antepassados ajuda-nos a saber quem somos e o que podemos alcançar”, disse ele. “Eu testemunhei a sensação de realização e a alegria desfrutada pelos afro-americanos à medida que descobriam os seus antepassados pela primeira vez nos registos.”

Jermaine Sullivan, um líder da Igreja que supervisiona nove congregações Mórmons em Atlanta, Georgia, e a sua esposa, Kembe, ambos participantes do filme “Meet the Mormons”, (Conheça os Mórmons) dirigiu o evento que envolveu os meios de comunicação social. O Presidente Jermaine Sullivan apelidou este dia de “memorável para a pesquisa da história da família para o povo Afro-Americano.” Kembe Sullivan acrescentou: “Não consigo deixar de pensar nos meus três filhos… eu quero que eles conheçam os sacrifícios e tenham apreço por aqueles que superaram um passado injusto para lhes proporcionar o futuro de que desfrutam agora.”

O FamilySearch, o apoio da genealogia de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, anunciou um projeto em parceria com o Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana(NMAAHC), a Administração dos Arquivos e Registos Nacionais dos Estados Unidos da América e a Sociedade Histórica e Genealógica Afro-Americana para indexar os registos digitalizados do Freedman’s Bureau.

“Estamos a convocar voluntários, especificamente todos os que têm laços com esses registos, a comunidade Afro-Americana, para se envolverem neste projeto e nos ajudarem a ultrapassar este beco sem saída e a superar estas barreiras na pesquisa genealógica e estabelecerem estas ligações familiares”, disse Thom Reed, gerente de produtos da FamilySearch em Salt Lake City. Reed tem a sua própria ligação com estes registros. “Eu deparei-me com este beco sem saída em 1870, quando foram realizados os primeiros censos onde incluíram os Afro-Americanos como cidadãos. Se tentarmos pesquisar antes disso, os registros são, na melhor das hipóteses, bastante escassos.”

Sherri Camp, vice-presidente da Sociedade Histórica e Genealógica Afro-Americana, disse que as suas 30 delegações, espalhadas por todo o país, estão muito entusiasmadas com a possibilidade de participar no projeto de indexação. “Estamos, em parceria com o FamilySearch, na angariação de voluntários em todas as nossas delegações espalhadas pelo país para formar grupos de indexação e, assim, trabalhar nestes registos.”

Depois de recitar um pouco da sua história familiar desde a Europa até aos Estados Unidos, a embaixatriz Diane Watson disse: “Precisamos de saber quem somos; se soubermos de onde viemos, teremos uma perspetiva mais clara do futuro.”

Jannah Scott, vice-diretora no Escritório da Casa Branca para as Parcerias Baseadas na Fé e Vizinhança, comentou: “Isto é precioso. E é à cerca de todos nós. Sei que os registos são sobre os 4 milhões de afro-americanos que foram libertados, mas naquela época havia pessoas de todas as raças, religiões e etnias que invocavam o chamamento de uma nova América, uma América que cumpriria a promessa de ser uma união perfeita, uma América que cumpriria a promessa de que todos os homens são criados iguais.”A Freedman´s Bureau, organizada ao abrigo de uma ordem do Congresso de 1865 no final da Guerra Civil, ofereceu assistência aos escravos libertados numa infinidade de formas. Registros manuscritos dessas transações incluem registos, tais como os registos de casamento, registos hospitalares ou de pacientes, do progresso académico, listas de recenseamento, contratos de trabalho e escrituras, registos de estágios e outros. Os registos foram compilados em 15 estados e no Distrito da Columbia.

“Este projeto de indexação permitirá aos genealogistas e historiadores aceder a um tesouro de informações”, disse Hollis Gentry, especialista em genealogia no Smithsonian (NMAAHC), que explica o seu envolvimento peculiar com os registos da Freedmen´s Bureau. “Eu descendo de indivíduos documentados nestes registos. Os registos podem detalhar a transição da escravatura para a liberdade. Eles também podem detalhar as transições das comunidades devastadas pela guerra nos estados do sul. As pessoas que pesquisam e indexam estes registos terão uma visão do que aconteceu. Estes registros reúnem informações na sua sequência cronológica, o que pela primeira vez ajuda a esclarecer dúvidas anteriores.”

 “Os registos servem de ponte entre a escravatura e a liberdade”, enfatizou Gentry. “É um período crítico e não apenas para os Afro-Americanos, mas para a América em geral, pois ajuda-nos a entender como eles transformaram a sociedade.” Hollis espera ter todos os registos indexados na abertura do museu no National Mall, em Washington, DC, no outono de 2016.

O Reverendo Cecil L. Murray, antigo pastor da Primeira Igreja Episcopal Metodista Africana de Los Angeles, concordou.

“Eu cresci a conhecer apenas uma geração da minha família e sempre me questionei sobre os que me antecederam”, disse Murray. “Abre-se uma porta quando nos é dada a oportunidade de conhecer a nossa história.”

Conforme resumiu o Reverendo Murray, “A história da Freedman’s Bureau tem de ser contada… Quando conhecemos o nosso passado, o nosso futuro cuida melhor de si mesmo. Quando conhecemos as nossas origens podemos planear o nosso destino.”

Para mais informações acerca do projeto da Freedmen's Bureau, visite discoverfreedmen.org.

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